Tenho algumas perguntas. Não sou dono da verdade! Busco apenas trazer reflexões que a mídia politicamente correta não traz.
Durante minha visita a Israel, aproveitei a chance de dar um pulo no território palestino. Simplesmente por curiosidade, por que não ir lá e conferir como realmente é? Claro que sem comprometer minha segurança. Visitei Belém por algumas horas e Ramallah por 3 dias. Senti totalmente seguro andar pelas ruas, até mesmo de noite. Não é algo que faço em cidades grandes no Brasil e na África do Sul, por exemplo.
Nenhum pilantra no caminho à procura de gringos para dar um golpe. Durante a minha curta visita a estas duas cidades, encontrei a toda hora pessoas receptivas. Minhas críticas dirigem ao governo palestino, não ao povo que infelizmente é usado como massa de manobra. O único incômodo que senti foi não poder falar de política, muito menos de Israel, país que mais adoro e que visitarei por toda a minha vida.
Existe um conflito entre Israel e Palestina que não pode ser ignorado. Ninguém na história é santo! De ambos os lados, existem mortes, destruições,perdas, traumas, etc; tal qual a responsabilidade por toda a merda que acontece com a guerra.
Não sou fã do posicionamento de colocar palestinos como vítimas incapazes de resolverem suas próprias vidas. Enquanto que em Israel políticos são presos por corrupção (a exemplo do ex-primeiro-ministro Ehud Olmert), é visível na política palestina a forte presença do Hamas, da Jihad Islâmica e do Fatah. Não é necessário ser acadêmico/PhD/doutor para entender que estes grupos coordenam ações terroristas. Por que defender terroristas?
E por que colocar Israel como o vilão e culpado por tudo que acontece na Palestina? Por que doutrinar jovens a odiar Israel? Como fazer um acordo de paz neste caso? Falar de Israel na Palestina e no mundo árabe é como criticar o PT numa universidade brasileira.
Você gostaria de um atentado terrorista na frente da sua casa ou local de trabalho? Em caso de ataque terrorista, o que você esperaria do governo e das autoridades? Até mesmo no Brasil, podemos ver que o politicamente correto não serve nem para corrigir “menores infratores”. Não dá para lidar com terroristas sendo politicamente correto.
Conforme as estatísticas expostas no site statisticbrain.com, o número de ataques suicidas em Israel diminuiu drasticamente após 2002, quando a construção do muro que separa Israel e Palestina teve início. Foram 238 ataques em 2002, 145 em 2003, 98 em 2004, 33 em 2005, 15 em 2006; até chegar a 0 entre 2009 e 2015.
Mesmo com todo o boicote aplicado pelos países árabes, Israel se tornou o único país desenvolvido no Oriente Médio. Pólo de tecnologia, inovação, empreendedorismo. Um país do tamanho do estado do Sergipe (menor de todos os estados brasileiros), com 8 milhões de habitantes, solo desértico, pobre em recursos naturais.
Por que os sheiks e príncipes das arábias se preocupam mais em boicotar Israel que servir a população de seus países? Enquanto eles nadam em luxo e extravagâncias, não é novidade que o povão no mundo árabe vive entre pobreza, desemprego e economias estagnadas. O mesmo vale para a Autoridade Palestina!
A Primavera Árabe entre 2010 e 2011 mostrou isto claramente.
Como digo a amigos árabes, o mundo árabe nunca vai se desenvolver econômica e socialmente enquanto Israel for o bode expiatório de governos autoritários e corruptos. Por que não investir em educação para inibir o fundamentalismo? Por que não promover liberdade econômica para gerar empregos, atrair investimentos e tirar a população da pobreza?
São aproximadamente 357 milhões de pessoas no mundo árabe, das quais em torno de 20% (71,4 milhões) são jovens entre 15 e 24 anos. Se os sheiks e príncipes não se preocuparem em desenvolver a economia de seus países, pobreza e desemprego vão apenas aumentar no Oriente Médio.
Tal contexto serve de prato cheio para grupos terroristas que se apóiam no fundamentalismo islâmico. Entre um sheik bilionário e uma pessoa pobre e desempregada, quem é mais vulnerável a virar homem-bomba?
Uma coisa que notei ao visitar a Palestina foi notar que a ONU, que deveria providenciar educação e saúde para os palestinos, não cumpre exatamente com as suas responsabilidades. Ao conversar com locais, soube de constantes greves de professores porque a ONU não paga os seus salários. Cadê o dinheiro? Ou melhor, para onde realmente vai o dinheiro?
Importante lembrar que a ONU mantém uma agência especialmente para refugiados palestinos, a UNRWA. Os gastos da UNRWA em 2016 foram de 1,24 bilhão de dólares, dos quais 411,5 milhões de dólares foram gastos em educação — de acordo com o apontado no relatório (em inglês, ver página 16) no site desta agência. Este dinheiro não é suficiente para pagar os professores, por exemplo?
Também vi um hotel construído pelo Crescente Vermelho (a Cruz Vermelha Islâmica) em frente a um campo de refugiados em Ramallah. Este hotel está servindo o campo de refugiados? É esta a melhor forma de utilizar dinheiro de caridade?
Também vi um Centro de Reabilitação de Jovens construído com doações do Ronaldo Fenômeno como embaixador da Boa Vontade pelas Nações Unidas, que nunca fui usado. O que falar?
Outra pergunta. Podem os palestinos que se refugiam em outros países árabes adquirir propriedades e abrir negócios? Não. Por que? Gostaria de saber! Então, por que o mundo árabe insiste em usar a Palestina como fantoche de entretenimento dependente de ajuda externa? Para os que estão “tirando vantagem” da corrupção no território palestino, é interessante o fim da ajuda externa? Vitimismo é mais confortável.
Originally posted 2017-09-23 23:03:00.